Ressonância magnética na agricultura e na indústria
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Teste com frutas cítricas em aparelho de RM.
Foto: Embrapa.
Muitas pesquisas têm sido realizadas com o respaldo da aplicação da ressonância magnética nuclear (RMN) em diversas áreas. Na ciência do solo, a RMN é utilizada principalmente em estudos que envolvem a dinâmica da matéria orgânica do solo. A RMN fornece informações sobre o número relativo de átomos de carbono (C) em diferentes ambientes químicos. As análises de RMN são feitas diretamente em amostras de húmus ou solo, sem a necessidade de extrair a matéria orgânica da amostra de solo, por exemplo, de modo que alterações na amostra, devido aos procedimentos de extração são evitados.
Embora as análises de solo por meio da técnica de RMN sejam muito importantes em estudos de pedogênese, química e fertilidade do solo, e manejo e conservação do solo, etc; o custo efetivo da análise é muito elevado, além de ser realizado em poucos laboratórios. Tudo isso, devido os aparelhos necessários para as análises, serem ainda muito caros. Uma alternativa para este problema pode ter surgido a partir de um debate promovido por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em 24/05/18, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), sobre como a RMN está sendo utilizada na indústria, agricultura e alimentos.
O pesquisador da Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP), Luiz Alberto Colnago, apresentou a utilização da ressonância magnética de baixo campo que é cerca de dez vezes mais barata do que a ressonância que vem sendo utilizada há mais de 50 anos para determinar a estrutura química dos princípios ativos dos agroquímicos. A proposta é que, equipamentos grandes e de altos custos possam ser substituídos por aparelhos menores e mais baratos.
A ressonância magnética de baixo campo não gera imagem. Mede-se, nesse caso, o tempo de desaparecimento do sinal de ressonância. O sinal é comparado com um banco de dados, por programas estatísticos que podem transformar essa informação na composição química de, por exemplo, produtos agroalimentares.
Os aparelhos e métodos da Embrapa Instrumentação ainda se encontram em fase de teste, mas vêm despertando grande interesse por fornecerem análises rápidas e precisas.
A aplicação desta técnica em áreas como a Ciência do Solo também tem recebido destaque, principalmente na obtenção de dados de propriedades hidráulicas do solo, e promete grande resultados.
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