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Presença de elementos potencialmente tóxicos no Rio Doce ainda é preocupante


Todos devem se lembrar que em 5 de novembro de 2015 o rompimento da barragem de Fundão, localizada no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (Minas Gerais), causou o maior impacto ambiental da história do país.


Os rejeitos de mineração do reservatório da Samarco atingiram os rios da região percorrendo longas distâncias até desaguarem no Rio Doce, e em seu caminho destruiu casas, plantações e córregos, arrastando uma lama tóxica até o mar.


Mesmo com quase três anos após o desastre, a situação ainda é preocupante! O que se esperava era que os rejeitos ficassem depositados nas regiões próximas à barragem, porém, de acordo com o professor do Departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), Tiago Osório Ferreira, a lama atingiu a vila de Regência, local conhecido pela intensa atividade de turismo e pesca no litoral do Espírito Santo, onde o Rio Doce deságua.


Um estudo desenvolvido em parceria com pesquisadores da Esalq, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), da Universidade de Santiago de Compostela (na Espanha) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), confirma que o rejeito permanece atingindo a região do estuário, sendo este material constituído por elementos potencialmente tóxicos como manganês, níquel, chumbo, cobre, zinco, cromo e cobalto.


A preocupação no momento é que a disposição deste material possa acarretar uma nova catástrofe. O acúmulo de elementos tóxicos em peixes e plantas, pode resultar em efeitos extremamente graves para a fauna e flora neste ecossistema, onde os níveis de contaminação atual já indicam a presença de níquel e cromo com valores superiores ao permitido pela legislação brasileira.


Outro fator alarmante, se deve à fração instável do rejeito rico em ferro, poder se solubilizar e liberar elementos potencialmente tóxicos, uma vez que, os óxidos de ferro, nas condições de solo estuarino, são suscetíveis a dissolução, o que poderá aumentar a biodisponibilidade e o risco de contaminação por metais.


Além disso, após entrarem em contato com o solo, os elementos potencialmente tóxicos podem passar para o lençol freático, contaminando a água, e para os alimentos que futuramente irão parar nas nossas mesas.


Ficou surpreso com a situação? Preocupante, não é mesmo?


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